FISSURAS LABIOPALATINAS

As fissuras labiopalatinas compreendem a mais frequente malformação craniofacial congênita, com uma frequência de 1 criança acometida em 650 nascidas.

Fatores genéticos e ambientais estão envolvidos na etiologia das fissuras labiopalatinas, sendo que, dentre os fatores ambientais, destacam-se tabagismo, etilismo, deficiência de ácido fólico, desordens metabólicas, e exposição a esteróides e retinóides

A apresentação clínica das fissuras labiopalatinas é muito variável, podendo acometer lábio, gengiva, palato duro e palato mole, e nariz, de forma total ou parcial, e unilateral ou bilateralmente.

As alterações anatômicas destas diversas estruturas podem acarretar em repercussões funcionais relacionadas a fala, comunicação, respiração, oclusão dentária e nutrição, entre outras. Além disso, as alterações estéticas faciais e dentárias nos pacientes com anomalias craniofaciais estão relacionadas a significante impacto psicológico.

De forma geral, a reabilitação cirúrgica do paciente com fissura labiopalatina total (transforame incisivo) inclui a cirurgia do lábio (queiloplastia, aos 3 meses de idade), a cirurgia do palato (palatoplastia, aos 18 meses de idade), a cirurgia de enxerto ósseo alveolar (aos 9-10 anos de idade) e a cirurgia do nariz (rinosseptoplastia, após os 16 anos de idade).

O objetivo da queiloplastia é promover adequada união de pele, músculos e mucosa, com restabelecimento da ação do músculo orbicular da boca, além de reconstruir adequadamente o sulco entre a gengiva e o lábio.

O objetivo da palatoplastia é corrigir o defeito dos planos mucosos nasal e oral, reposicionar a musculatura do céu da boca (véu palatino) e alongar o palato mole de forma que o mesmo possa tocar a parede faríngea posterior para adequado funcionamento velofaríngeo.

O enxerto ósseo alveolar restabelece a continuidade óssea na região da fissura na maxila para promover adequada condição local para um tratamento ortodôntico.

A rinosseptoplastia tem o objetivo de reposicionar as cartilagens alares e o septo nasal, além de reconstruir o assoalho narinário, promovendo melhor função e estética nasal.

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